Subsídios para planejar...

Segunda-feira, 21 de janeiro de 2013 17h48

 

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Segunda,30 de julho de 2012 00h24

O planejamento é a etapa mais importante do projeto pedagógico, porque é nela que as metas são articuladas às estratégias e ambas são ajustadas às possibilidades reais. Existem três tipos de planejamento escolar: o plano da escola, o plano de ensino e a sequência ou projeto didático. O primeiro traz orientações gerais que vinculam os objetivos da escola ao sistema educacional mais amplo. O plano de ensino se divide em tópicos que definem metas, conteúdos e estratégias metodológicas de um período letivo. A sequência didática é a previsão de conteúdo de um conjunto de aulas e o projeto um trabalho mais longo e complexo.

O planejamento escolar é um processo de racionalização, organização e coordenação da atividade do professor, que articula o que acontece dentro da escola com o contexto em que ela se insere. Trata-se de um processo de reflexão crítica a respeito das ações e opções ao alcance do professor. Por isso a idéia de planejar precisa estar sempre presente e fazer parte de todas as atividades — senão prevalecerão rumos estabelecidos em contextos estranhos à escola e/ou ao professor. 

Para José Cerchi Fusari, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, não há ensino sem planejamento. "Se a escola é o lugar onde por excelência se lida com o conhecimento, não podemos agir só com base no improviso", diz. "Ensinar requer intencionalidade e sistematização." O poder de improvisação é sempre necessário, mas não pode ser considerado regra. 

Trabalho coletivo 
Planejar é um ato coletivo que envolve a troca de informações entre professores, direção, coordenadores, funcionários e pais. Isso não quer dizer que o produto final venha a ser um documento complicado. Ao contrário, ele deve ser simples, funcional e flexível. 
E não adianta elaborar o planejamento tendo em mente apenas alunos ideais. Avalie o que sua turma já sabe e o que ainda precisa aprender. Só assim você poderá planejar com base em necessidades reais de aprendizagem. 
Esteja aberto para acolher o aluno e suas circunstâncias. E, é claro, para aprender com os próprios erros e caminhar junto com a classe. 

Planejar requer:

  • pesquisar sempre;
  • ser criativo na elaboração da aula;
  • estabelecer prioridades e limites;
  • estar aberto para acolher o aluno e sua realidade;
  • ser flexível para replanejar sempre que necessário.

Leve sempre em conta:

  • as características e necessidades de aprendizagem dos alunos;
  • os objetivos educacionais da escola e seu projeto pedagógico;
  • o conteúdo de cada série;
  • os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino;
  • as condições objetivas de trabalho.

Com base nisso, defina:

  • o que vai ensinar;
  • como vai ensinar;
  • quando vai ensinar;
  • o que, como e quando avaliar.

 

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Domingo, 29 de julho de 2012 22h28

 

5 pontos sobre o replanejamento bimestral

 

Promover a retomada das metas

1. Fazer uma revisão do projeto político-pedagógico (PPP) e observar quais são os objetivos que a escola quer atingir é o primeiro passo do replanejamento. Também é interessante reunir todos os indicadores de desempenho escolar, externos e internos, como os números de aprovação, evasão e reprovação e os resultados da Prova Brasil, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e ainda, se houver, de avaliações estaduais. Lembrando que o registro desses índices no PPP por meio de planilhas ou gráficos facilita a visualização e o acompanhamento dos mesmos. De toda forma, fazer um comparativo das parciais do ano anterior e do atual, analisando se houve avanços no período, assim como se um mesmo dado aparece de forma diferente em duas avaliações, ajuda a traçar um panorama da situação da escola.

2. Acompanhar a evolução do aprendizado

Acompanhar bimestralmente as propostas previstas para cada segmento de ensino pode ser tornar uma tarefa difícil se não houver metas estabelecidas para serem atingidas a curto, médio e longo prazos. Com períodos definidos, fica mais fácil verificar quais ações serão implementadas. Com base nisso, fica mais fácil definir que áreas do conhecimento precisarão de mais atenção de forma a assegurar as condições de ensino e a aprendizagem dos alunos. Na EE Bueno Brandão, em Belo Horizonte, por exemplo, a análise frequente dos resultados das avaliações internas e externas ajuda a acompanhar melhor o desenvolvimento da turma. Para garantir que os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental sejam alfabetizados, a meta prevê que, primeiro, eles devem chegar à hipótese de escrita silábica para, na sequência, serem capazes de compreender o sistema de escrita. "Assim, o progresso se torna mais mensurável", explica Marilda Govira, diretora da escola. Vale o mesmo método para os demais conteúdos, de todas as disciplinas, e para todos os anos.

3. Levantar as condições de ensino

É interessante fazer uma sondagem da situação dos diversos espaços da escola, como a sala de aula, o pátio, a quadra esportiva e mesmo os banheiros, atentando para a necessidade de reformas ou manutenção dos equipamentos disponíveis - o funcionamento das torneiras, o estado dos móveis da sala de aula e até mesmo as condições do piso. Além da questão da segurança, ter esses ambientes limpos, organizados e em bom estado é uma forma de favorecer o aprendizado. A baixa frequência de visitas à biblioteca, por exemplo, pode estar relacionada à dificuldade de leitura apontada em um diagnóstico ou até à má disposição dos livros nesse ambiente. Catalogar todo o material didático e de apoio permite, ainda, avaliar melhor o uso dos recursos existentes. Se a escola possui vários livros que não são utilizados, vale investigar o motivo disso - se o educador não está familiarizado o suficiente com eles, se ele não teve tempo de incluí-los nos planos de aula ou ainda se os conteúdos não são condizentes com as propostas de trabalho da escola.

4. Separar o que compete ao conselho

Traçado um panorama geral do aprendizado e da estrutura escolar, é fundamental identificar quais dificuldades são comuns à maior parte da turma e quais são restritas a alguns alunos. Problemas individuais devem ser levados ao conselho de classe. Nesse fórum, a equipe pode debatê-los e analisar as possíveis variáveis que estão prejudicando o bom desempenho: se são assuntos relacionados às questões didáticas - e, portanto, devem ser discutidos nos encontros de formação docente -, se são aspectos como o comportamento e a situação familiar do estudante ou ainda tudo isso junto. Em seguida, é preciso planejar ações para resolver essas questões e não dar o caso como perdido. "Fazemos um exercício de reflexão para identificar a origem do problema, visto que a culpa pelos maus resultados não pode recair sobre o aluno", explica Fátima Scherer, formadora de gestores e diretora da EMEF Basílio Miguel dos Santos, em Marabá, a 504 quilômetros de Belém.

5. Definir um plano de ação

Para combater as deficiências que foram detectadas na revisão do planejamento, vale enumerar os pontos que merecem mais atenção. Só assim será possível evitar o gasto de tempo e energia em atividades de pouca relevância e deixar claras as atividades que terão de ser executadas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Se o diagnóstico de ciências, por exemplo, foi o que mais destoou dos objetivos estabelecidos e as avaliações apontaram notas preocupantes de muitos alunos, o coordenador pedagógico deve reforçar a formação dos docentes nessa disciplina. A equipe pode se reunir para repensar formas de trabalhar os recursos disponíveis na escola. Baseado nisso, um projeto de aulas de reforço no contraturno pode ser uma boa forma de trabalhar esse problema. Outra alternativa é pensar na criação de um grupo de apoio para auxiliar os alunos com dificuldades. Definidos o horário, o espaço e os materiais necessários para o encontro dessa turma, os professores, juntamente com os estudantes, podem estabelecer um acordo de estudo e de sucesso e o prazo para alcançá-lo. Seja qual for o plano de ação, o gestor precisa estar atento a sua execução e seu cumprimento, que tem como único objetivo ensinar.

Para saber mais acesse AQUI

 

 

 

O que ensinar em Arte

O ensino da área se consolida nas escolas sobre o tripé apreciação, produção e reflexão

Durante muitos anos, o ensino de Arte se resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas. Desvalorizadas na grade curricular, as aulas dificilmente tinham continuidade ao longo do ano letivo. "As atividades iam desde ligar pontos até copiar formas geométricas. A criança não era considerada uma produtora e, por isso, cabia ao professor dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito", afirma Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, e co-autora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) sobre a disciplina. 

Nas últimas duas décadas, essa situação vem mudando nas escolas brasileiras. Hoje, a tendência que guia a área é a chamada sociointeracionista, que prega a mistura de produção, reflexão e apreciação de obras artísticas. Como defendem os próprios PCNs, é papel da escola "ensinar a produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais com base em intenções próprias."

Infelizmente, ainda há professores trabalhando na chamada metodologia tradicional, que supervaloriza os exercícios mecânicos e as cópias por acreditar que a repetição é capaz de garantir que os alunos "fixem modelos". Sob essa ótica, o mais importante é o produto final (e ele é mais bem avaliado quanto mais próximo for do original). É por isso que, além de desenhos pré-preparados, tantas crianças tenham sido obrigadas ao longo dos tempos a apenas memorizar textos teatrais e partituras de música para se apresentar em datas comemorativas - sem falar no treino exaustivo e mecânico de habilidades manuais em atividades de tecelagem e bordado. 

Só nos anos 1960, com o surgimento do movimento da Escola Nova, ideias modernizadoras começaram a influenciar as aulas de Arte. Na época, a proposta era romper totalmente com o jeito anterior de trabalhar. Segundo esse modelo, batizado de escola espontaneísta (ou livre expressão), os professores forneciam materiais, espaço e estrutura para as turmas criarem e não interferiam durante a produção dos estudantes. Tudo para permitir que a arte surgisse naturalmente nos estudantes, de dentro para fora e sem orientações que pudessem atrapalhar esse processo. "Achava-se que a criança tinha uma arte própria e o adulto não deveria interferir", lembra Rosa.

  

A evolução dos conceitos que orientam as aulas

Alguns anos mais tarde, novas concepções foram sendo construídas, abrindo espaço para a consolidação da perspectiva sociointeracionista, a mais indicada pelos especialistas hoje por permitir que crianças e jovens não apenas conheçam as manifestações culturais da humanidade e da sociedade em que estão inseridas, mas também soltem a imaginação e desenvolvam a criatividade, utilizando todos os equipamentos e ferramentas à sua disposição.

Na década de 1990, duas importantes inovações pavimentaram o caminho para o modelo atual: na Espanha, Fernando Hernández defendeu o estudo da chamada cultura visual (muito além das artes visuais clássicas, era necessário, segundo ele, trabalhar com videoclipes, internet, histórias em quadrinhos, objetos populares e da cultura de massa, rótulos e outdoors nas salas de aula). 

No Brasil, Ana Mae Barbosa formulou a metodologia da proposta triangular (inspirada em ideias norte-americanas e inglesas, recuperou conteúdos e objetivos que tinham sido abandonados pela escola espontaneísta). Ela mostrou que o professor deveria usar o seguinte tripé em classe: o fazer artístico, a história da arte e a leitura de obras

Esse tripé original é considerado uma "matriz" dos eixos de aprendizagem que dominam o ensino atualmente: a produção, a apreciação artística e a reflexão. O "novo" tripé ajuda a desmanchar alguns dos mitos que rondam as salas de Arte nas escolas brasileiras, como a confusão entre a necessidade de ter muito material e estrutura para obter uma resposta "de qualidade" dos alunos (leia mais no quadro abaixo).

Na perspectiva sociointeracionista, o fazer artístico (produção) permite que o aluno exercite e explore diversas formas de expressão. A análise das produções (apreciação) é o caminho para estabelecer ligações com o que já sabe e o pensar sobre a história daquele objeto de estudo (reflexão) é a forma de compreender os períodos e modelos produtivos.

 revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/conhecer-cultura-soltar-imaginacao-427722.shtml?page=1